Pastorais
A certa altura de seu abençoado ministério de quarenta anos, no século 6 antes de Cristo, o profeta Jeremias teve uma crise de vocação do tamanho do céu. Ele chegou a pensar em não falar mais em nome de Deus (Jr 20.9). Em outras palavras, o profeta poderia ter dito: Vou desistir, vou renunciar, vou entregar minhas credenciais, vou me aposentar, vou para um convento na Arábia ou fugir para o Egito, vou tomar um navio para Társis, vou voltar para minha casa em Anatote, vou fazer uma pós-graduação em esgotamento nervoso no exterior, vou casar e ter filhos. Se Jeremias vivesse hoje, um profissional de saúde mental poderia dizer que ele esteve bem próximo da síndrome de Burnout, mas não chegou a ser atingido pelos problemas decorrentes dela. Surpreendentemente, o profeta conseguiu driblar o problema e continuar o seu ministério. A jornalista Elsie Cunha Gilbert lembra que Jeremias “não ficou calado, soube se expressar e gritar a sua dor, nem atribuiu a si mesmo o fardo de não ter que ser bem-sucedido, pois o que Deus exigia dele não era o sucesso, mas fidelidade à vocação divina”. Segundo o médico Drauzio Varella, a principal característica da síndrome de Burnout é “o estado de tensão emocional e estresse provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes, que se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso”.
A certa altura de seu abençoado ministério de quarenta anos, no século 6 antes de Cristo, o profeta Jeremias teve uma crise de vocação do tamanho do céu. Ele chegou a pensar em não falar mais em nome de Deus (Jr 20.9). Em outras palavras, o profeta poderia ter dito: Vou desistir, vou renunciar, vou entregar minhas credenciais, vou me aposentar, vou para um convento na Arábia ou fugir para o Egito, vou tomar um navio para Társis, vou voltar para minha casa em Anatote, vou fazer uma pós-graduação em esgotamento nervoso no exterior, vou casar e ter filhos. Se Jeremias vivesse hoje, um profissional de saúde mental poderia dizer que ele esteve bem próximo da síndrome de Burnout, mas não chegou a ser atingido pelos problemas decorrentes dela. Surpreendentemente, o profeta conseguiu driblar o problema e continuar o seu ministério. A jornalista Elsie Cunha Gilbert lembra que Jeremias “não ficou calado, soube se expressar e gritar a sua dor, nem atribuiu a si mesmo o fardo de não ter que ser bem-sucedido, pois o que Deus exigia dele não era o sucesso, mas fidelidade à vocação divina”. Segundo o médico Drauzio Varella, a principal característica da síndrome de Burnout é “o estado de tensão emocional e estresse provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes, que se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso”.
As pessoas mais cuidadosas e bondosas
não fariam juízo temerário de Jeremias, especialmente as que tivessem lido
recentemente o livro de sua história e profecias. O profeta era cercado de
indivíduos que zombavam e caçoavam dele o dia inteiro. Ele ouvia os cochichos
que faziam por trás: “Lá vai o pregador do perigo por todos os lados”. Até os
seus amigos íntimos torciam para que ele tropeçasse em alguma área para então o
pegarem. O homem de Anatote era repetidas vezes ameaçado de morte. O maior
desgaste de Jeremias, porém, era provocado pela recusa do povo em aceitar a sua
mensagem da parte de Deus e as consequências que esse comportamento traria, a
maior delas a tomada de Jerusalém pela Babilônia em 587 antes de Cristo. Ele
sofria muito e chorava muito. Uma vez, o profeta desabafou: “Durante 23 anos,
desde o décimo terceiro ano de Josias até hoje, o Senhor vem me revelando a sua
palavra. E durante todo esse tempo, diariamente, desde a madrugada, eu anuncio
a todos vocês o que o Senhor me revela. Mas vocês nunca me deram ouvidos” (Jr
25.3, NBV).
Jeremias era tão extraordinário que
ele apenas “pensou” em trancar a boca. Mas não o fez. Na verdade, ele não
conseguiu deixar de falar em nome de Deus porque sua consciência não o permitia
(Jr 20.9). Em outras palavras, o profeta diria: “Não consigo passar por cima de
meu chamado, eu tenho apenas 23 anos; ai de mim se eu não anunciar a graça e o
juízo de Deus, se eu me calar até as pedras vão gritar, não posso deixar meus
colegas Habacuque e Sofonias sozinhos, vou acabar com essa conversa de que
seria melhor eu ter morrido no ventre de minha mãe (Jr 20.14-18). Afinal, tudo
posso naquele que me fortalece”.
Na pesquisa feita com 734 pastores
americanos de quatro denominações, 139 deles (19%) deixaram o pastorado por causa
da síndrome de Burnout. O problema acontece também no
Brasil e em outros países. Tanto entre pastores e pastoras como entre missionários
e missionárias. Todos são tão humanos como Jeremias e a caminhada é tão difícil
hoje como era ontem. Jeremias pode ser um modelo para todos nós! Precisamos
aprender com o profeta a lidar com o problema!
Por que você deixou o
pastorado?
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Um estudo recente do LifeWay Research mostrou as
razões pelas quais pastores deixam o pastorado antes da hora nos Estados
Unidos. A pesquisa entrevistou 734 pastores de 4 denominações: Assembleia de
Deus, Igreja do Nazareno, Igreja Luterana (Sínodo de Missouri) e Convenção
Batista do Sul. Veja abaixo os cinco principais motivos:
Por que você deixou o pastorado?
Mudança de chamado —- 40%
Conflito na igreja —- 25%
Burnout —- 19%
Finanças pessoais — 12%
Questões familiares —- 12%
Mudança de chamado —- 40%
Conflito na igreja —- 25%
Burnout —- 19%
Finanças pessoais — 12%
Questões familiares —- 12%